terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fardo de penas!


Cansado do fardo, do aspargo amargo!
Da pia da cozinha, da musica da vizinha!
Perdido no lumiar do meio dia, que esfria, espirra e soluça!
Trancado na força, da forca que corre!

Adulando piedade, maldade, falsidade,
Quebrando a banheira, com a esteira, que estreita
Molhando a lingua, na linha, no ninho, na minha!
Um corte de fome, escorre, desce desfalece!    

sexta-feira, 11 de maio de 2012


Dia D

Vários dias pra um dia só.
explosão, ansiedade, força,
um caminho sem volta
uma felicidade exposta
nunca as dores foram tão bem aceitas
nem ao menos reclamadas
sempre explosiva e torturante
sempre permitida e infinitamente marcada
assim será o dia D, nem mas, nem menos
o sangue fervendo pra escorrer
como se seu lugar fosse fora
a cabeça a estourar como se a morte fosse o limite
o certo mesmo é que crânios irão rolar
e mesmo sem nenhuma prudência ou escassez
o sangue jorrará, com uma normalidade
que a causa pede, e o suor suporta.
com a felicidade de um parto
e a decência de um CPI divina
as canelas vão soar como sinos
os ventiladores ficarão ligados
as viagens começarão antes do tocar
e se concretizarão no ultimo soluçar

um encontro inesquecível....
delinquente, sem dor, raiva, sem acerto ou erro,
sem decência, necessário, democrático, com  perda, sem ganho
na força, sem ignorância, perverso, aniquilador, perturbador
e acima de tudo poderoso, não como querem mas como é...
ofegante avassalador, inquietante pesado como tem que ser. 

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Paralelismo Torto


Diferente de sentir
como se dóe
fácil de entender
em lingua estrangeira

Sólidos campos minados
de almas, olhos e cranios
de bocas, pernas e palavras
de orelhas, cabelos e mãos

diferente é comprar pão, e comer água
é beber vinho e engolir gás
cair ao lado e não ser paralelo

pedir pra ficar e convidar denovo
querer ficar e acordar antes da hora
lavar as mãos e sem ser paralelo
quebrar o espelho

fazer a barba sem escorrer a água
desfazer o desenho sem refaze-lo
desenhar o vento no ar
pintar ao lado o que esta atrás

beber borracha de pneu
sem tirar o nariz de palhaço
e cheirar sua fumaça
sem sorrir da viagem.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Quanto mais se atenta mais tentador fica


Como se não bastasse a renuncia podre de ativista, desdenha ainda de sua própria história, como se o fim fosse imediato ou a vida tão banal, quanto suas ações.

Mas seco ainda são seus pedidos de perdão: besta, egoísta, ladrão filho da puta.
Baixa da égua neste cú do mundo, onde as almas andam soltas a venda nas feiras, rendidas ao dinheiro negro da ganância que corre pelo seus olhos infames.

Mais fácil é gritar e sugar como uma baleia gorda todas as palavras bonitas que escreves
do que deleitar pensamentos que poucos sentimentos despertam e que poucas descobertas descobrem

As mesmas luas, almas, noites, estrelas, revoluções e expressões.
Os mesmos repúdios, medos, anseios, sentimentos e protestos.

“Que não há nada de novo eu já sei. Mais não custa nada atentar pra que fique mais tentador”

quinta-feira, 6 de março de 2008

A ida do navio


incoerente negro, incoerencia sim
meio que desfrute ou tolice mesmo negro
nem as torneiras e chuveiros de sua casa
esfriarão sua cabeça negro.
Enquanto ela não tiver sido toda corroida negro
pelos seus pensamentos vagos e covardes.
Enquanto houver justiça negro
a alma não tem cor.

e quando a luz apagar negro
estaremos só, eu e você
para sermos acima de qualquer coisa negros
nem por mim nem por você
nem por nós e nem por ninguém

mais pela nossa arrogância
e ignorancia infantil
a minha alma sucumbe negro
por esta cidade de Deus dará

onde negro és tu, negro sou
onde o lumiar é artificial
e o barulho canibal
vomita nossa história negro
antes de ir tenho que em despidir
Adeus meu irmão

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

PebasRock



PebasRock



Há tempos não escutamos um som diferente

Há tempos não sentimos liberdade

Nem sempre podemos berrar

mas quando berramos todos escutam!



PebasRock Parauapebas, Pará, Brasil

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Nada

Não sei o que postar e olha que este é o meu segundo post, talvez por falta de influências ou por influenciar de mais, talvez por displicência ou preguiça mesmo.
O certo mesmo é que não tenho nada pra postar, mas já que estou aqui neste embaralhado de vogais e consoantes vou me influenciar, se isso é possível, claro, mas como isto não é um post, dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço, e as metáforas foram inventadas pra isso, vamos considerara-lo como tal, pois as palavras nunca são as mesmas mesmo, e os pensamentos então nem se fala, eu costumo dizer que quando alguém não tem nada pra dizer é melhor não dizer mesmo, mas se um fragmento de virgula surge daí deve-se deslancha uma avalanche de letras entrelaçadas que formam palavras, que formam idéias, que deslancham pensamentos e assim por diante, é realmente ta difícil, vou simplificar assim

Se um dia nóis se gostasse
Se um dia nóis se queresse
Se nóis dois se emparriasse
Se juntin nóis dois vivesse
Se juntin nóis dois morasse
Se juntin nóis dois drumisse
Se juntin nóis dois morresse

Se pro céu nóis assubiçe
Mas porem se acuntecesse
De São Pedro não abrisse
A porta do céu
E fosse de dizer qualquer tulisse

E se eu me arriminasse
E tu com eu inssistisse
Pra que eu me arresouvesse

E minha faca puxasse
E o buxo do céu furasse
Talvez que nóis dois ficasse
Talvez que nóis dois caísse
E o céu furado arriasse

E as virges toda fugisse.